Escrevi algures aí para baixo que Varsóvia era a cidade mais feia que alguma vez tinha visto. Deixou de ser.
Uma das vantagens de viajar é aumentar consideravelmente o leque de comparativos. A "mais qualquer coisa" deixa potencialmente de o ser a cada novo destino.
Varsóvia (formada por um pequeno centro histórico património da Unesco e por uma imensidão de caixotes russos) está para Sófia, como Paris está para o Algueirão.
Sófia é tão feia, tão feia, tão feia, que ao fim de 3 horas na cidade já me queria ir embora.
Se eu tivesse que definir Sófia em poucas palavras diria: Sacavém, mas em grande.
Uma imensidão de prédios degradados, parques abandonados, ruas esburacadas e passeios desnivelados. Em toda a cidade contei 50 m2 minimamente arranjados. A rua do parlamento e da catedral Alexander Nevsky (o marco da cidade).
É como se estivéssemos num enorme subúrbio que por acaso é uma capital europeia.
Os camaradas locais não esbanjam simpatia e inglês só mesmo nos filmes.
Uma nota positiva para o repasto e para o vinho local. Não fazia ideia que por aqueles lados se pisava a uva com alguma qualidade.
Fiquei também a saber que o cirílico foi inventado pelos búlgaros e copiado pelos russos. Andar por aqueles lados sem GPS é uma pequena aventura...não há uma placa num alfabeto que se perceba nem uma pessoa capaz de dizer duas frases em inglês.
Não é definitivamente uma cidade preparada (ou sequer com interesse) para o turismo.
Outra coisa extremamente positiva em Sófia: a estrada para a Grécia.
Resolvi entrar nela e parar perto do mar Egeu. Enquanto atravessava a Bulgária ia percebendo que Sófia não era obra do acaso. O país é uma lixeira a céu aberto.
Ultimamente andava virado para o turismo de choque. Ver "coisas diferentes" e realidades distantes. Tinha pensado na Albânia, Macedónia e Moldávia. Depois desta viagem deixei-me de romantismos.
Vou fazer a trouxa e seguir para a civilizacão.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
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