quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Estradas que se cruzam em Istambul


Sinto-me numa encruzilhada de viagens.
Leio relatos de amigos que estão com a mochila nas costas, algures pelo globo, e vou de imediato ao google maps.
Escolho a zona, comeco a desenhar um percurso, vejo o preco e a melhor altura para ir lá.
Há muito que me cansei da Europa, Ásia está a marinar, África foi a última e Austrália está fora do radar. Ando a inclinar-me para o continente americano. Centro e norte. Penso na costa oeste dos EUA, na cidade do México, no Panamá. Aqui e ali pergunto-me sobre a Costa Rica. E Curacão. Não sei porquê mas aquela ilha dos holandeses puxa-me.
Penso no mês, na duracão da viagem e no melhor percurso possível. Conto o dinheiro e os dias de férias. Somo as responsabilidades, as contas e as datas de entrega do meu projecto.
Não é fácil ter este hobby da engenharia que se usa para pagar contas, quando temos o coracão no mundo e na diversidade. Essa é que é a profissão. Ir, ver e aprender.
Fico na dúvida. E isso é bom. Enquanto penso no próximo, há 1001 noites para palmar mapas e imaginar territórios. Preparar e dar asas à imaginacão é quase tão bom como aterrar e sentir.
Entretanto, enquanto desenho a próxima descoberta, volto a Istambul. A enigmática e fabulosa Istambul, dentro de uma semana.
Um regresso anunciado, desta vez com mais 22 camaradas que, tal como eu, se exilaram onde o sol nunca brilha.
Como se diz na minha terra, aquela das 7 colinas, vai ser o bom e o bonito.


Sem comentários:

Enviar um comentário