terça-feira, 25 de maio de 2010

Budapeste















































Pensava eu que Budapeste era uma cidade bonita. E é mesmo.
Tudo o que define uma capital europeia está lá: arquitectura, história, cultura, confusão, trânsito e sujidade. Quase que me senti em casa (nessa desse lado).
A única coisa totalmente nova foi constatar que algumas pessoas vivem em edifícios cravados com marcas de bala. Na revolucão dos cravos bastou-nos a forca da palavra. Parece que não mas poupa a componente arquitectónica.
O tempo de passagem foi curto mas deu para perceber que a cidade merece uma nova visita.
Como qualquer turista que se preze dei uma voltinha no Danúbio e qual não foi o meu espanto quando a bordo a banda tocou o Danúbio Azul! Nem sei como se lembraram desta.
A parte histórica de Buda (império austro-húngaro) é lindíssima e a área cosmopolita de Peste mostra a abertura da cidade ao ocidente. Se é que faz sentido falar disso hoje em dia...
Os banhos de vapor e as águas quentes são por si só um bom cartão de visita.
O camarada Estaline deixou em pé muitos dos monumentos e edifícios construídos no tempo do império, o que torna a cidade muito mais agradável de visitar. Claro que em cada 3 passos percebemos que a cidade esteve do lado errado da cortina de ferro, mas ainda assim, a beleza imperial mantém-se.
O castelo de Buda, a primeira ponte, o parlamento, as casas termais, entre outros, são algumas das passagens obrigatórias (link).
O único problema de Budapeste, na minha opinião, é ter muitos húngaros.
Que malta ANTIPÁTICA. Falar inglês só mesmo na televisão e no canal da BBC, sorrir é um verbo desconhecido e educacão, também não me parece que seja um dos pontos fortes. Depois de visitar Praga, Varsóvia e Budapeste, comecei a acreditar que a malta de leste era naturalmente antipática. Ainda assim, dentro da escala "cara de limão", os húngaros foram claramente vencedores.
Fiquei com a sensacão que cada um dos húngaros com quem tive de falar (falar aqui é uma forca de expressão) tinha o pior emprego do mundo, tal era o frete para mexer cada braco.
Depois de pedir uma refeicão (se é que a um panado se pode chamar isso) pedi uma coca-cola quando a senhora já distava 10 cm do frigorífico e ao ver a sua expressão de "dasseeeee" agradeci ao deuses o facto de já não existirem por ali os pelotões de fuzilamento.
Numa das casas de banhos termais mais famosa (Széchenyi), visitada por milhares de turistas, nem uma só pessoa falava inglês. A começar pela senhora que vendia os bilhetes e a quem tínhamos que perguntar qual das 10000 hipóteses deveríamos seguir. Os modos de todos ali dentro eram de tal forma rudes que nem percebo o sucesso do local.
Para uma cidade tão turistica, uma pequena formacão de "como ser educado em 10 licões" para quem trabalha nos sítios mais visitados, seria uma verdadeira dádiva.
Agora que penso nisso, vou comecar a prestar atencão se nos "sitios do turista" em Lisboa quem nos visita é recebido com sorrisos ou não.
É que eu tenho a sensacão que somos simpáticos.
Ou vá lá, acolhedores.

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