terça-feira, 10 de maio de 2011

Amesterdão



























Se Frankie Blue Eyes  tivesse passado por Amesterdão a cancão tinha perdido aquela linha da “cidade que nunca dorme”.
Chega a hora de dormir e avanco para o apartamento. Cá fora a música estilhaca uns vidros, a cervejola vende-se a bom ritmo e há cheiro a oregãos no ar. Ahhh…mas Amesterdão não é famosa pelas suas pizzas??? Não, “diz que” não.
O que acontece de manhã? Essencialmente o mesmo. Há alegria, cor, movimento, música aos berros e mais oregãos. A diferenca entre o pequeno-almoco e o jantar é a posicão do Sol.
E foi isto.
Podia terminar o texto dizendo “vão lá enquanto as pernas ainda querem” mas vou encher mais uns chouricos.
Se as contas não me falham existem 196 nacionalidades. Em Amesterdão estão presentes 192. Uma pessoa nunca se sente sozinha, é um facto.
A Holanda é um país onde o espaco livre não abunda. Amesterdão é o espelho dessa realidade. Nas ruas do centro as pessoas atropelam-se, normalmente de bicicleta. Falando nisso…há sempre algo de especial numa cidade que se deixa percorrer de bicicleta. De canal em canal, Amesterdão tem esse encanto.
Encontrei no Lonely Planet (esse fiel camarada) a loja de aluguer de bicicletas mais barata da paróquia. Fomos até lá e ao fim de 3 frases alguém perguntou o clássico “where do you come from?”. Lisboa disse eu, Lisboa disse ele. A loja mais barata tinha que ser nossa. E o que faz o camarada? Apanha bicicletas abandonadas, dá-lhes um toque e aluga por 5 euro/dia. Amesterdão no seu melhor. Terra das oportunidades onde tudo é possível. A sério…os americanos não inventaram nada. Tirando a Coca-Cola. Mas até isso foi um acaso, o objectivo era criar um liquido para desentupir canos. Foi o primeiro 2 em 1 da história.
Já me desviei do tema…o que é raro.
Gostei também da abordagem simples com que qualquer visitante é presenteado. As pessoas são simpáticas, livres, sem preconceitos e a mistura cultural deixa aquela sensacão de “mais um” que, pelo menos a mim, faz sentir parte integrante da cidade.
Tudo isto numa envolvente urbanística bem planeada onde a oferta cultural não acaba. Falhei o Van Gogh.
Há quem considere Londres o centro da Europa. Eu próprio já escrevi que Londres e NI competem pelo título da cidade mais cosmopolita do mundo. E também não fui que inventei a competicão. Hoje em dia não tenho dúvidas que está entregue a Nova Iorque. E mesmo cá no burgo (leia-se Europa) cidades como Amesterdão, Paris ou Berlim despertam em mim, neste momento, maior fascínio do que Londres.
No topo.






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