terça-feira, 10 de maio de 2011

Londres






























Se alguém me perguntar qual é “A” cidade na Europa, a minha resposta é: de dia ou de noite?


Londres é absolutamente deslumbrante de dia. Para beber um copo à noite prefiro a Baixa da Banheira ou o Poceirão.

E aqui…é indiferente a zona. Centro ou subúrbio. O mau ambiente é geral.

Centremo-nos pois na cidade antes das 19h.

Londres é de longe a cidade mais cosmopolita da Europa (com Paris nos calcanhares). Tudo o que acontece neste Continente, acontece ali.

A oferta cultural é imensa e o património arquitectónico é único. Londres é o centro do império britânico e isso está escrito em cada parede e em cada nacionalidade que passa à nossa frente.

Duas coisas agradam-me particularmente em Londres. Desde logo a mistura de racas, credos e nacões que me deixa sempre com a sensacão que sou um deles. Depois, a variedade da escolha. Há restaurantes, espectáculos, museus, monumentos, percursos que justificam uma vida por ali sem o risco de enjoar.

A ponte de Londres (a mais famosa das várias), o big ben, as catedrais, a roda gigante, o palácio de Buckingham, os parques (Hyde, St James, etc), o Tate, o British, o Royal Albert Hall, etc, etc. As atraccões de Londres são mais do que conhecidas, falar delas é como chover no molhado.

O meu destaque vai para o extraordinário museu da ciência (particularmente para a história do avião “Spitfire”) e para o museu britânico. Este ultimo é aliás, um conceito difícil de perceber em pleno séc.XXI. Atrevo-me a dizer que só existe porque está em solo ingles. Queria ver se qualquer outro império conseguiria encher tantas galerias com material roubado sem arranjar sarilhos diplomáticos. Se quiserem aprender sobre a história da Grécia ou do Egipto, passem por ali. Aos Gregos sobrou a Acrópolis para mostrar, o resto, foi empacotado com destino a Londres. E segundo consta eles bem pedem o material de volta. Não desistam rapaziada, mas na dúvida, vão-se sentando.

Gosto de me perder nas ruas da cidade. De jantar com vista para o Tâmisa ou de descobrir um tasco caribenho num subúrbio africano. De passar por um mercado. De olhar para o lado errado da estrada antes de atravessar. De passar na confusão de luz e côr dos teatros. De atravessar Chinatown cortando a nuvem de fritos.

Quando penso em confusão e movimento perto de casa, surge a palavra Londres.

E isso agrada-me.









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